Assim Seja…

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Ouve-se aos quatro ventos que a Igreja Católica promoverá um sínodo sobre a Amazônia (tem muita riqueza lá, a gente sabe). Assumindo de maneira explícita sua face cruel, parece ser essa a sua primeira barricada contra o governo do Presidente Bolsonaro, toma o lugar de sua criatura, o Partido dos Trabalhadores, afligido por dezenas de condenações por corrupção, desvio de dinheiro público e formação de quadrilha.  O mérito da questão, antes de político, é sim religioso, já que sua posição opõe-se à da Igreja Universal, que rachou com seu antigo comparsa, o PT. Em tese, a igreja Universal apoia Bolsonaro, através de seu partido político, o PRB, e vê nisso mais uma boa oportunidade de ganho. É a Universal, que tenta mais uma vez viabilizar o PRB como um partido sério, mesmo após as denúncias de desvio de dinheiro das candidaturas das mulheres, a investigação do partido ter votado duas vezes em Renan Calheiros para a presidência do senado, além dos milhões de reais que a JBS repassou ao seu presidente, pego na Operação Lava-Jato.

Daí lembrei de uma frase que o papa argentino pronunciou há algum tempo: “comunistas pensam como os cristãos”. Mentira. Só se ele pensar. Comunistas não sonham com a liberdade, ao contrário, apreciam os mais diferentes níveis de ditaduras. Do mesmo modo veio do seio dos protestantes um ex-deputado que queria “rebaixar” a Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, para tão somente padroeira dos Católicos Apostólicos Romanos, isso sem falar na goiabeira da ministra. Postas essas aberrações vemos que o Estado brasileiro precisa se livrar desses lunáticos vigaristas com a maior urgência possível. A tutela do Estado pelas igrejas, ao melhor estilo das idades antiga e média, representam um atraso mental de séculos, que as religiões proporcionam quando se imiscuem na vida cotidiana das decisões humanas.

Assim como as centrais sindicais recebiam milhões explorando os trabalhadores, as igrejas fazem o mesmo, com o detalhe de que não pagam impostos, o que é uma excrecência institucional. Ambos, sindicatos e igrejas usam parte desse dinheiro para construir “barricadas” contra governos eleitos, e chantageá-los de forma descarada e anticristã, o que não é novidade, partindo de quem vem. Além de explorar o Estado, as igrejas querem se apossar do seu poder político decisório para assim aumentar seu controle sobre as massas desmioladas que os seguem. O uso de políticos marionetes, vindos de várias igrejas neopentecostais, como se eles realmente representassem o povo, é uma violência contra democracia representativa. Basta ver o sistema de pressão que usam sobre seus fiéis em época de eleição. Dividem interesses como se estivessem dividindo lucros pós-culto. Assenhoram-se das mentes frágeis de seu rebanho para ampliar seu poder político maléfico e tutelar autoridades públicas que possuem o dever de agir para todos e por todos.

Há pouco o Tribunal Regional Federal da 1ª. região, decidiu que o MPF pode sim ajuizar ações de cobrança de impostos sonegados pela igreja Universal, lesando o patrimônio público em quase 100 milhões. Seus “despachantes públicos”, travestidos de deputados, logicamente irão em socorro da instituição, para isso estão lá no Congresso, perto do Poder. Seu papel é beneficiar suas instituições e amealhar mais recursos para que, em seu nome, vigore ainda mais seu poder de persuasão psicológica. Essa pseudo imunidade serve apenas para enriquecer seus membros e a própria instituição, aumentando com isso seu poder de ação, sua influência e, por fim, o domínio do Estado por legiões de lobotomizados, controlados por mentes criminosas.

Do outro lado de trincheira a Igreja Católica se arma para tentar recuperar algumas almas perdidas para as promessas de riqueza do pastoreio alheio. Bispos Católicos tem se reunido com frequência com o “papa despojado” para tentar dar fôlego à essa intentona cristã contra o governo do católico Bolsonaro. Ao contrário dos bispos do Edir, o “papa ostentação”, que preferem as benesses do poder em Brasília, frequentando bons vinhos, charutos e conselhos ao pé-de-ouvido por parte de senhoras do submundo brasiliense. Com toda essa esbórnia litúrgica, ficamos nós aqui, aguardando a desenrolar sobre de que lado o Brasil e os descrentes dessas heresias irão ficar. Talvez como sempre, de quatro.

Não há como não estar preocupado. De um lado uma legião de soldados apenas com um vínculo pátrio, do outro uma legião de endemoniados a serviço da NOB’d – Nova Ordem Brasileira Deles. Afinal, quem poderá nos salvar? A incapacidade técnica desse povo nômade de bom senso poderá nos levar à uma ruina ainda maior do que nos encontramos. Reformas fundamentais à nossa sobrevivência, e que já deveriam ter sido feitas há muitos tempo, vão requerer muita propina, tanta quanto os governos anteriores tiveram de dar para muitos dos mesmos parlamentares. A dita “base do governo” está ávida por recursos, verbas, cargos, mamatas, afinal, antes do espírito vem o corpo, sedento por regalias mundanas. Depois o espírito, venha ele donde vier, do céu ou do quinto dos infernos. Que Salomão em sua grande sabedoria nos ensine que o seu Templo era apenas uma filial do poder absoluto do Grande Chefe, e que esse jamais será dominado por obscuros e ridículos mortais.

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