Independência e Maçonaria, 200 anos de Brasil

Menos de três meses separam a Independência do Brasil e a formalização da maçonaria em seu solo pátrio. Mas não, não irei fazer desta uma redundante oportunidade para reviver fatos marcantes, figuras históricas e enredos de ambos. Sei que há historiadores com mais preparo documental, capazes de produzir análises, ficcionais ou meramente deontológicas, aos mitos de sempre. Prefiro arriscar-me em discorrer sobre o papel de cada uma dessas instituições para a felicidade do povo brasileiro. E, não há dúvida, uma atitude mais arriscada, exposta à críticas, mas sobretudo mais serventil.

Os aspectos práticos que envolvem Maçonaria e Independência precisam ser vistos antes pelo prisma histórico do mundo, para que razão alguma seja disposta ao lado ou diluída em conjecturas inexistentes. E insisto, mais uma vez, não desejo me interpor entre historiadores e compêndios sacramentados pelo aceito tácito da verdade. Mas nada, na magnitude dos fatos trazidos aqui, pode fugir absolutamente à memória da ética dos fatos, do fardo das razões e do questionamento das verdades travestidas.

É fato que o povo brasileiro não prima por enlevar-se com heróis nacionais, salvo algumas indistintas do universo esportivo. Talvez, por certo, a maioria de nossos vultos não fez questão de parecer merecedora dos louros e admiração nacionais. Também por isso não é incomum ver o Imperador D.Pedro I sendo taxado de libertino, por causa de contadas aventuras amorosas durante seu reinado. E, claro, isso não foi ou é privilégio dos escolhidos por descendência. Presidentes, grãos-mestres, generais, juízes, governadores, empresários e outras tantas figuras públicas, ao que parece, sempre fizeram questão de deixar atrás de si um rastro de comportamento em desalinho com o que representavam e representam.

E que fique bem claro que as circunstâncias também denotam o desleixo com as aparências. Ao menos fez com que, cada um dos brasileiros de menor expressão, nutrisse certo desdém com empoeirada elite. Essa que, ao contrário do que sempre teimou fazer, deveria inspirar a unidade do povo, atuar na construção de uma identidade nacional, respeitar personagens ilustres e os símbolos cultuados.

Portanto não é difícil assistir professores de história fazerem chacota, e mesmo distorcer fatos e razões, de algumas das pessoas que nos deveriam ser indiscutivelmente caras. Muito disso baseado em compêndios apócrifos de busca. E não vou aqui mencionar tais arroubos de incivilidade histórica, mas o fato é o que tanto personagens de vulto quanto seus menestréis inspiram em nosso povo.

E se nos debruçarmos na história do país veremos que o legado de tudo isso é exatamente o que experienciamos nos dias de hoje, um teatro de horrores institucionais. Uma completa falta de ética, um senso de justiça inexistente, uma política feita de valores subvertidos em decência e distante longinquamente do tão ansiado bem comum.

A Independência nos prometera a liberdade, e a proclamação alardeou a garantia da prosperidade. E em ambos fomos vítimas do mesmo engano. Desses panteões históricos fazem parte alguns dos que deveriam resguardar-se como vultos atemporais de nossa história, mas não é isso que vimos. Da Independência coube-nos uma volumosa dívida com a Inglaterra, além de uma descarga intestinal para completar o anedotário. Da Proclamação da República, sobeja a razão do militar chamado Deodoro e seu desafeto, Silveira Martins, enlevados pela Viúva Adelaide. Fato esse que logrou à data o epíteto de golpe, o que não se difere da realidade.

Por sua vez, a Maçonaria tentava ocupar um lugar de destaque com seus partícipes, que andavam com pés em ambas as canoas. Muitos ilustres personagens envergavam patentes e graus, por isso a Maçonaria sempre se fez presente, por mérito das raízes filosóficas e seus ideais. Mas ao que parece algumas disputas dentro da Ordem fizeram vítimas de reputações públicas. Mas aqui vale dizer que a Maçonaria sempre tratou seus membros com mais sobriedade que outras instituições. Não por isso também negou-se ao fato de possuir fantoches de razões e pantomimas da ética.

Mas claro que o histórico maçônico trazia consigo, em minha análise, mais honradez que qualquer patente militar que tenha se ostentado durante nossa longa jornada nas vicissitudes do engano pátrio. Grandes homens ostentaram o caráter maçônico, bem como o puseram à frente dos conflitos em que se envolveram pela pátria Brasil. E em quase que todas as ocasiões em que se fazia necessária a influência mister da Maçonaria, fosse em conflitos pátrios ou pessoais, lá estava ela com sua coragem, destemor e caráter.

E não foram poucos os instantes em que foi necessária uma intervenção ética e moral dos maçons na sociedade em que praticavam a regra máxima da razão pela liberdade. Por isso os integralistas e católicos puseram-se ao embate conosco durante o governo espúrio do sanguinário Getúlio Vargas, que nos via como inimigos de sua ditadura e de seus compadres, os militares. Então talvez não seja uma análise tão frívola dizer que a Maçonaria se distanciou da cartilha dos militares nacionais ao longo de décadas, já que os ideais maçônicos de honra e liberdade foram confundidos e usados pelos militares segundo sua doutrina de intervenção e poder.

Mas nem tudo o que é bom permanece para sempre. O declínio da Maçonaria, imposto por divisões internas de poder, entrou em choque com seus ideais, e uma pretensa junção institucional voltou a tomar fôlego no final dos anos 60. Juntos num processo de contra-revolução ao perigo comunista, militares e maçons tornaram a ombrear-se pela pátria, num período de conturbada paz social. E não sei se por acaso ou mesmo infiltrada pela ganância do poder, a Maçonaria experimentaria um de seus piores momentos históricos vividos até hoje. Cisões, disputas, eufemismos de suas raízes, distinções entre irmãos e potências. Tudo isso levou-nos a um papel social coadjuvante de ideais, virtudes e moral.

E não foi à toa que o silêncio institucional abalou as colunas da Maçonaria no Brasil, em pleno século XXI. Diante de fatos maçantes ao país e à sociedade, a Maçonaria calou-se, fez de conta que não era consigo todas as barbaridades institucionais que vimos ocorrer. E parte disso vindo de membros de sua própria gênese. Pudemos ver um gritante silêncio advindo das Lojas da Ordem, enquanto absurdos jurídicos, políticos e criminais reinavam incólumes na sociedade brasileira.

Parecia que aquele papel distinto de discussão e ação em prol do Brasil havia se esgotado na história. Enxergávamos membros afásicos de sua responsabilidade com a sociedade e a pátria serem tratados como meros assuntos de prosa vazia. Não como sempre fora, membros ativos, dispostos a enfrentar de peito aberto as batalhas, mas somente murmúrios de um inconformismo dormente. Nem mesmo as ilegalidades tomadas a feito por um membro sem escrúpulos do STF/TSE puseram coragem em nossa dividida ordem. Mesmo que no centro da celeuma houvesse um maçom na vice-presidência da República.

Assistimos pasmos a um condenado ser devolvido à vida pública e tornar-se novamente o líder máximo do país, como se nada houvera de discórdia quanto ao fato. E conexo, uma instituição que deveria zelar pela lisura ser carreada para dentro do fosso da iniquidade eleitoral. E não de longe, os mesmos militares que sempre primaram pelo poder a qualquer custo, curvarem-se diante de tais ocasiões ilegais. E todos, sem assumir o mérito de suas responsabilidades, ouvirem o dito: “Perdeu Mané”. Mudos, Maçonaria e Militares, juntos em sua despropositada frouxeza.

E o pior que tudo, ver maçons defensores tormentosos de uma situação institucional que beira o crime e a desgraça. Defendendo um governo eleito de forma fraudulenta, formado por criminosos condenados e que conduzirão o país às profundezas da falência da imoralidade, da destruição familiar, nos destituindo de liberdade e voz. Sem que isso tenha sido discutido em Loja, como sempre o foi, onde os rumos pátrios eram ideais comuns e razões. Sem que nenhuma Potência, legítima ou liturgicamente espúria, tenha se posicionado à frente de seus membros e nos colocado em forma para a luta.

Eis-nos aqui, agora, contemplando os 200 anos de Maçonaria e Independência, rogando ao GADU que nos socorra de nossos próprios desenganos. Vendo a luz da Chama Sagrada ser soprada pela inércia da iniquidade maçônica, em pé, mas sem qualquer resquício de Ordem, devotos de uma maçonaria progressista e escura.

Carlos Alberto Joaquim Baltazar

Filosofia ou Teatro?

Das artes antigas eu vivo a filosofia. Mas conheci muitos que são mais afeitos ao teatro, outra grande arte. A filosofia me trouxe ao mundo do conhecimento. Já o teatro cria o mundo do entretenimento. Geralmente os filósofos trazem a inquietude da razão. Já os atores trazem o lúdico, contam histórias. E quem as conta, conta do seu jeito, o que nem sempre verdadeiro o é. O filósofo maneja problemas, o ator ri deles. E a pantomima é uma das facetas do que quer palmas. Faz rir para auferir. Mesmo que sua comédia deprecie a filosofia e mesmo o filósofo. O filósofo, esse vive apregoando os limites da vida, enquanto o outro interpreta vidas sem limite. Sua dicotomia é tão múltipla que nos faz acender sorrisos de admiração, mesmo quando é um punguista e livra dos verdadeiros donos os valores que necessita para continuar a interpretar. Encaram-no como o artista maior na arte de enganar, porque a maioria das pessoas sabe e prefere ser enganada, sorrindo. E é engraçado como ao longo da história os filósofos vão deixados pelo caminho, enquanto os atores, por mais péssimos que sejam, vicejam na sociedade e nas novelas da vida. Tungam e fazem rir, vendem sonhos que não irão entregar, mas possuem a arte de enganar. Sabem tirar da filosofia parte da arte da sua sobrevivência, porque a filosofia ensina a viver, dá caminhos, decifra códigos. Das muitas artes conheci bem a de ator, porque a filosofia dá razão e lhe antecede os porquês. E por mais que a nossa vã filosofia possa afirmar, sempre será o ator, punguista fingidor, que receberá as palmas, porque eles merecem, sabem ludibriar a plateia e fazer o espetáculo parecer sério.

p.s.: aos meus queridos amigos atores, afirmo que esta é apenas uma mera filosofia barata e sem propósito. Não falo de profissões, mas de pessoas.

Da Caverna ao WiFi

A identidade humana nos fez reunir e viver em grupos, procurando abrigo por sobrevivência e segurança. Foram esses os primeiros passos que nossos ancestrais deram ao que chamamos hoje de gestão eficiente da liderança. A evolução tornou mais complexa nossas necessidades, e não só porque o grupo cresceu. A proteção física inicial ramificou-se em níveis como a assistência social, saúde, educação, transporte, e meios de sobrevivência básica para alguns. O que parece uma fábula na verdade é a base que dá forma e união para cada agrupamento social que construímos ao longo da história humana. Foram cavernas, tabas, vilarejos, bairros e finalmente as cidades que nos abrigam. O processo de disputa pela liderança também evoluiu. A força e a coragem deram lugar ao discurso e às ações que privilegiem o bem estar do grupo social e seu território. É possível dizer que os líderes ancestrais eram mais eficientes que os líderes atuais em suas atribuições para com o grupo? Sim, o líder tem de agir de acordo com o interesse coletivo. Se os liderados dão ao líder todos os benefícios e ele não os protege do perigo, não é um líder de verdade. A liderança é um serviço e serviço vem com sacrifício. Se não há sacrifício, não há serviço, muito menos liderança. E onde entra o prefeito nessa história? Liderança não é uma campanha de marketing, não se trata de convencer as pessoas, mas de cuidar delas. O prefeito deve ser um bom gerente. Mas também um bom líder. Como gerente precisa observar o sistema, os processos e seus resultados. Mas como líder deve olhar na frente para as necessidades do grupo no presente e no futuro. A cidade de Vinhedo é formada por grupos sociais que escolheram se associar num espaço e dividir convivência, sobrevivência e bem estar. Mas como anda o atendimento às nossas necessidades básicas? E as futuras? Logo será escolhido um novo prefeito para nossa cidade. Por isso é preciso saber quem pode ser líder ou quem apenas quer os benefícios que propicia o poder. Há uma juventude que precisa ser vista com seriedade. Seu futuro, sua educação, seu emprego. Uma economia familiar agrícola local forte e que deve ser apoiada e incentivada. Sabemos que as empresas não sobrevivem sem mão de obra local qualificada, por isso é preciso investir pesado em qualificação social e tecnológica em bases estruturantes. É necessário um pacto pelo desenvolvimento de Vinhedo e ampliar nossa base econômica para que a criação de oportunidades seja algo natural para os jovens que estão iniciando uma carreira, dispostos a conquistar um futuro no local em que escolhemos para viver. Para isso é preciso uma liderança disposta e que possua um projeto de cidade para os próximos 20 anos. Essa é a Vinhedo que merecemos ter.A identidade humana nos fez reunir e viver em grupos, procurando abrigo por sobrevivência e segurança. Foram esses os primeiros passos que nossos ancestrais deram ao que chamamos hoje de gestão eficiente da liderança. A evolução tornou mais complexa nossas necessidades, e não só porque o grupo cresceu. A proteção física inicial ramificou-se em níveis como a assistência social, saúde, educação, transporte, e meios de sobrevivência básica para alguns. O que parece uma fábula na verdade é a base que dá forma e união para cada agrupamento social que construímos ao longo da história humana. Foram cavernas, tabas, vilarejos, bairros e finalmente as cidades que nos abrigam. O processo de disputa pela liderança também evoluiu. A força e a coragem deram lugar ao discurso e às ações que privilegiem o bem estar do grupo social e seu território. É possível dizer que os líderes ancestrais eram mais eficientes que os líderes atuais em suas atribuições para com o grupo? Sim, o líder tem de agir de acordo com o interesse coletivo. Se os liderados dão ao líder todos os benefícios e ele não os protege do perigo, não é um líder de verdade. A liderança é um serviço e serviço vem com sacrifício. Se não há sacrifício, não há serviço, muito menos liderança. E onde entra o prefeito nessa história? Liderança não é uma campanha de marketing, não se trata de convencer as pessoas, mas de cuidar delas. O prefeito deve ser um bom gerente. Mas também um bom líder. Como gerente precisa observar o sistema, os processos e seus resultados. Mas como líder deve olhar na frente para as necessidades do grupo no presente e no futuro. A cidade de Vinhedo é formada por grupos sociais que escolheram se associar num espaço e dividir convivência, sobrevivência e bem estar. Mas como anda o atendimento às nossas necessidades básicas? E as futuras? Logo será escolhido um novo prefeito para nossa cidade. Por isso é preciso saber quem pode ser líder ou quem apenas quer os benefícios que propicia o poder. Há uma juventude que precisa ser vista com seriedade. Seu futuro, sua educação, seu emprego. Uma economia familiar agrícola local forte e que deve ser apoiada e incentivada. Sabemos que as empresas não sobrevivem sem mão de obra local qualificada, por isso é preciso investir pesado em qualificação social e tecnológica em bases estruturantes. É necessário um pacto pelo desenvolvimento de Vinhedo e ampliar nossa base econômica para que a criação de oportunidades seja algo natural para os jovens que estão iniciando uma carreira, dispostos a conquistar um futuro no local em que escolhemos para viver. Para isso é preciso uma liderança disposta e que possua um projeto de cidade para os próximos 20 anos. Essa é a cidade de Vinhedo que merecemos ter.

Escolha seu time contra o Brasil

Poucas vezes na história o Brasil agiu pela razão, somos um povo acostumado a agir pela paixão impensada, mesmo conscientes das trágicas consequências dessa juvenil característica. Os ingredientes trágicos da paixão nos adestra a conviver e sobreviver de forma arriscada. O expoente mais visível de tal vertente é o futebol, que nos escraviza aos goles de adrenalina por ganhar ou perder, e sarrar o adversário. Não é difícil que essa inconsciência leva à praticas que fogem às regras da civilidade social.

Mas mesmo na pandemia sem futebol, a política revela as paixões mais distantes da realidade. O brasileiro é um povo manso, que pouco participa do dia-a-dia das decisões que afetam a todos, por isso sofre os efeitos da política da forma mais contundente, até que sucessivos governos nos levaram ao fundo do poço. E dos quase inexistentes opositores me incluo de forma intensa e aguerrida, muitas vezes, solitária. Conheci as mentiras e embustes que eles usavam para domesticar a mente fraca dos idiotas. E o que eles chamavam de história eu classificava como tragédia humana. A esquerda é o esgoto da humanidade, contra tudo o que significa liberdade, são vermes escrotos que leram livros escrito por déspotas e sanguinários. Lutei contra eles nas mídias, inclusive neste Sabor Digital, contra FHC, Lula, Dilma e o indefectível Temer. Vimos estarrecidos ver um desemprego que beirou os 14 milhões de pessoas, 350 mil empresas fechadas em alguns anos de uma democracia rasa e desqualificada. Assistimos atônitos e descrentes a maior corrupção institucionalizada já vista na história do mundo, com Lula e sua quadrilha presos. Sérgio Moro liderou um movimento de restauro da vergonha nacional contra a corrupção, e foi absolutamente vitorioso nela.

Os atuantes “movimentos sociais” do PT sumiram do mapa. Apareceu Bolsonaro com seu discurso de elevado tom, que fez muitos se apaixonarem novamente por outro personagem, por outra paixão. Durante 29 anos foi um deputado sem expressão alguma, a não ser por sua defesa inconteste do coronel Ustra, torturador do regime militar, e suas brigas caseiras e semisexuais com a deputada Maria do Rosário, do PT. Enquanto seus defensores, ainda adormecidos, tomavam cerveja e coziam bolos para o café da tarde. Todos permitimos que os socialistas fizessem tudo o que quisessem e, depois de cansados com a corrupção institucionalizada, ficamos bravos e elevamos o tom do ódio e do confronto com eles.

E mais uma vez caímos na armadilha da paixão, agora pelo “mito” Bolsonaro, que tornou-se um herói dos insanos que defendem a força como único mote para o caminho, usando das mesmas armas de seus pretensos inimigos, desqualificando adversários, destruindo reputações. Foi criada outra legião de apaixonados e insanos pelo oposto. Festejam a morte de pessoas que não comungam de sua ideologia insana e de seu líder medíocre e perigoso. Defendem a morte da Liberdade e da Democracia, querem antigos tempos de uma ditadura militar onde eram alienados adolescentes de uma classe média costumeiramente posta de lado. Ao tentar trazer um pouco de razão para meus seguidores das mídias sociais, quase fui linchado por esses bolsonaristas que, tal qual os petistas, são da mesma corrente, irascíveis frutos da Mental Block.

E o que pretendemos com essas paixões desenfreadas? Razões, vitórias, troféus? A política e seus representantes são sujos, covardes e não poupam nada nem ninguém para alcançar seus objetivos. Lula está morto politicamente, mas a estratégia política de Bolsonaro é polarizar a disputa política. E para quem, como eu, já viu inimigos se confraternizarem como irmãos nos bastidores, nada mais surpreende, muito menos vindo de extremos desqualificados e sua torcida desmiolada. O teatro da política é na verdade um circo, apenas não descobrimos que nosso papel é o de palhaços. Radicalizar não é defender rações, mas deixas de tê-las.

Custa a crer que em pleno século XXI ainda nos digladiamos socialmente por questões políticas, raciais e religiosas. O desenrolar dos fatos ocorridos no Brasil, nos últimos anos, traz um claro pessimismo quanto ao verdadeiro futuro que nos aguarda, tendo em vista nosso presente assim tão desinteressante, socialmente falando. Confesso que imaginei que nesta altura do campeonato já teríamos nos livrado dos grilhões de séculos passados, onde as relações humanas eram pautadas por diferenças que hoje já deveriam ter sido postas de lado. Diferenças que já deveriam ter evoluído em nossa humanidade e sociedade, mas a ignorância não nos deixa seguir adiante de forma evolutiva aqui no Brasil.

Bolsonaro é um tiranete que pouco tem-se importado com a vida dos brasileiros abatidos pela pandemia. Trocou dois ministros da saúde em plena crise sanitária. Gastou pouco mais de dez por cento da verba destinada ao combate da pandemia e não consegue nomear sequer um outro ministro da saúde para cuidar de todos nós. Ao invés disso prefere dedicar-se a duelar com o STF e o Congresso e baixar impostos sobre importação de armas. E os bolsonaristas, tal qual petistas, possuem desculpa para tudo, inclusive para sua própria desinformação e caráter político. Hoje, em pleno domingo, as ruas estão repletas de partidários dos dois lados. Petistas e bolsonaristas dividindo o país e tentando conquistar razões no inconcebível.

Nuvens de gás, agressões, disputas, gritos, todos típicos de um domingo do clássico Petistas X Bolsonaristas. Vamos aguardar os próximos passos dos opostos, siameses da insensatez, ao ultrapassarmos os 30 mil mortos do vírus chinês e caminharmos para o topo da pandemia que arrasa vidas e destrói o já combalido país do futebol. Se Deus é brasileiro, e também acima de tudo, por que será que permite alguns acima de todos?  

Capitão Caverna e seus Recrutas Birutas

semelhancas-entre-1964-e-2016-pesquisas-1

O Brasil aceitou ditadores muito facilmente desde a malfadada proclamação da república, um golpe patrocinado por militares de duvidosa patente e envolto em um desavergonhado caso de adultério, ou seja, bem a cara de milicos e políticos. O último ditador que o Brasil teve de suportar, pela covardia dos políticos e do povo, foi o canalha e gilete Getúlio Vargas, assassino de civis e um pró-nazista. Não vou discutir o período militar de 64 a 85, porque já esse já o discuti outras vezes, mas em outras oportunidades irei revê-lo. Mas esse malfadado e mais recente período de falta de liberdade e cidadania serve, para que o atual presidente do Brasil, que insiste em ameaçar seu povo com um regime de exceção em que ele seria o provável tiranete, entender que o Brasil, por mais que pareça, não é uma república de bananas. E que se houver esse atrevimento militar golpista haverá uma oposição civil armada que o vulgo capitão e seus jagunços jamais imaginaram ou pensaram enfrentar. É claro que isso iria nos prover de inúmeras desgraças, e por certo iria destruir o país. A comunidade internacional não reconheceria o golpe, cortaria créditos, congelaria reservas, importações e exportações, e nos faria ser somente mais um pária mundial, algo que estamos quase conseguindo, graças ao insano guarda-cadeira do Planalto. Tenho escrito sobre a possibilidade de intervenção das forças armadas na vida política civil institucional do país através do malfadado artigo 142 da Constituição Nacional, e que isso é uma insanidade.

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”

Cadê a tutela que eu não vejo?

1964-golpe

Em primeiro lugar é preciso deixar bem claro que OS MILITARES NÃO SÃO TUTORES DO PODER CIVIL, nem cabe a eles resguardar harmonia alguma, isso é responsabilidade civil institucional. Estou de saco cheio, de verdade, aproveitando a eloquência presidencial, de ouvir que esse tipo de atribuição é dos militares. Não é, porra.

O Brasil começou a sofrer seu declínio nacional quando se estabelecem as Capitanias Hereditárias, ou seja, os filhos serão parte do jogo do poder. E isso tem feito de nós um país de quinta categoria, principalmente desde a Nova República. Precisamente hoje leio uma entrevista de um dos zeros do presidente, o Eduardo Bolsonaro, falar mais uma de suas costumeiras asneiras, que creio ser um dom de família.

“Eles [Forças Armadas] vêm, põem um pano quente, zeram o jogo e, depois, volta o jogo democrático. É simplesmente isso.”

Como se isso fosse um receituário de bolo. É um insano, só pode ser. Afinal quem são os militares para nos tutelar? Gestores nacionais? Especialistas em crises institucionais? O que é isso? Vender esse tipo de ideia para uma população analfabeta funcional é crime. E tudo porque o STF, com esse suspeito processo das Fake News, está na cola sim de uma organização pronta para disseminar mentiras e destruir pessoas. É só ver a canalhice que ocorreu com Sérgio Moro, encabeçada pelo presidente e por seus filhos e agregados. Não se faz isso com um homem sério e que lutou quase que sozinho contra a corrupção sistemática do país, coisa que o senhor presidente não ousou fazer, nem quando era deputado muito menos agora que podia. Mas não para por aí. O senil Ulisses Guimarães entregou para um quase outro duvidoso constitucionalista, Ives Gandra, defensor dos interesses tributários dos bancos privados, o capítulo V da Carta da República. Que revela que os dois instrumentos legais para a defesa do Estado e das instituições democráticas, Estado de Defesa e de Sítio, e das instituições encarregadas de proteger a democracia e os poderes civis constitucionais são Forças Armadas, Polícias Militares, Polícia Civil e Guardas Municipais. E usando novamente o expediente do atual chefe do executivo em suas aberradas locuções, “isso só pode ser uma piada, porra!”. Os militares não são guardiões de nada, a não ser a liberdade do país e do seu povo, nada mais. O resto é conosco. Mantenham–se em forma e em posição. É isso.

Balas-no-chão

É impossível estarmos outra vez diante de mais um oportunista do poder, que sequer fez a lição de como cuidar do Brasil numa situação crítica, quase de guerra, uma guerra sanitária e de saúde. Calem-se todos os brados insanos. Vamos reformar politicamente as instituições? Sim, vamos. Mas, nós civis vamos. Não há nenhum respaldo constitucional para que militares tutelem o país. Chega disso. Ficaram vendo Lula e sua quadrilha roubar, destruir empregos, empresas, valores, instituições e não abriram a boca. O senhor Bolsonaro não abria a boca, foi um insípido deputado de fundo de plenário, enquanto Moro seguia enquadrando todo mundo por corrupção. E nem o STF, aparelhado sim, conseguia contê-lo. Calem a boca gestores de mentiras e falsas reputações. Querem tirar membros do STF sem o devido referendo institucional legal. Parem com isso. Por que com o STF querem que seja na porrada e com o Congresso é com distribuição de cargos e benesses, para os canalhas do PP, Republicanos, PL e PSD, corruptos de longa existência? Será que é porque o Congresso não investiga filhos foras da lei, mas a PF sim? Vamos enquadrá-la também, pois não? Claro. E mais uma vez vemos nosso país nos braços impuros da corrupção.

E se quiser saber votei nesse tiranete sim, mas era preciso correr o risco, mesmo sabendo de sua incapacidade para o poder. Não imaginei que ele se atreveria a tentar nos fazer de idiotas, e do Brasil outra vez uma ditadura sem liberdade e legalidade. Perdoem-me. Sim, sou de Direita. Acredito nos valores morais, humanos, religiosos, sociais, de liberdade econômica, civil, mas Bolsonaro não é de Direita, nunca foi, nem jamais será. Vejo nas redes sociais um séquito de semianalfabetos defenderem práticas que jamais irão suportar. Não sabe, o que é uma ditadura, um sistema de governo que controla, tortura e mata. Veem esse protótipo de presidente como algo maravilhoso e, finalmente, nosso salvador e messias, que irá nos levar para o paraíso na terra da prosperidade. Mentira.

A falta de maturidade política nos levou a um período negro de liberdade e produção nacional de valores e sociedade. O período militar foi péssimo porque nos desacostumou à preguiça do conforto de que governos são por nós, que governantes são os tutores de nossa felicidade. Não são. Passamos poucas e boas desde a redemocratização. Tivemos de suportar o clã Sarney, todos corruptos e vigaristas. Aceitamos um Collor, que nos roubou a todos, que foi responsável pelo suicídio de milhares de chefes de família. FHC, que deu início ao pior período de corrupção neste país, porque foi ele e seu PSDB que iniciaram o Mensalão e o Petrolão, vendendo empresas públicas de telefonia e de mineração a preço de banana. E foi ele quem patrocinou a chegada de Lula ao poder. A chegada do petismo, da corrupção endêmica, do aparelhamento do Estado, da subversão de valores e, de quebra, nos dar de presente Dilma, a louca. E por fim, e não menos importante no quesito corrupção, Michel Temer, que montou o mais incompetente e inexpressivo ministério já visto em nossa história, seguindo a diretriz da maldita corrupção.

Quando imaginamos que teríamos um período de tranquilidade institucional e prosperidade nacional, veio até nós um tresloucado ex-capitão sei lá de onde, com sei lá que interesses, para nos fazer de párias mais uma vez. Os petistas já são vigaristas por natureza, por isso nada se espera deles. Perseguem uma utopia apoiada em morte, escravidão e uma essência contrária ao ser humano. Mas o ex-deputado insípido não poderia nos levar para onde estamos indo, não agora, quando 30 mil de nossos compatriotas perderam suas vidas, suas famílias e sonhos por conta de uma pandemia maligna vinda da China Comunista, o resto humano do regime de morte e sofrimento.  

abaixo       

Insisto, Bolsonaro nunca foi de direita, mas apenas usa-a como um passaporte para mentir e enganar os incautos. É mais um tiranete a serviço de suas débeis razões e de sua mente doente e incapaz. Que não se atreva a tentar nos impingir uma pretensa ditadura, com ou sem apoio dos militares, que pouco tem a oferecer, a não ser seu patriotismo e a posse de muitas armas. Não iremos admitir mais um período de trevas em nosso rincão. Seremos fortes, bravos, iremos morrer defendendo a liberdade e a razão com sangue e dignidade. Se houve resistência de muitos no período de 64 a 85, agora seremos milhares, milhões, não iremos dar trégua a tiranete algum que queira nos impor mais alguns anos de penitência por pecados que não cometemos. Deixe o poder enquanto é tempo presidente. Seremos implacáveis, vingando os que foram mortos pela sua indiferença e arrogância e sede de poder. Não se atreva. Não se atrevam.   

Dialética, Ética e Liberdade

partenon.jpg

A maioria dos que dialeticamente hoje rogam-se democratas, na verdade são eticamente déspotas. Porquanto, hipócritas. Tem-se visto ultimamente no Brasil uma onda de um pretenso recrudescimento do governo e seus defensores, como se essa fosse a saída necessária para todos os males que, tanto eles quanto seus antecessores, fizeram de desarranjos sociais, econômicos e, principalmente, na esperança do povo quanto a um futuro melhor.

É preciso que se saiba que governos existem para tão somente cuidar do povo, e não o contrário. É preciso que se entenda que o indivíduo é soberano sobre as instituições, e não ao contrário. No Brasil parece que os governos postam-se em pedestais de superioridade e ao invés de cuidarem das pessoas, sua fundamental obrigação, e lançam para este, sua imperiosa força, ameaçando quem de verdade possui o poder.

Ao ver um ministro do STF dizer que o ataque às instituições é um ataque contra o povo, é ver que ele não usou os critérios de verdade e justiça em sua justificativa. Instituições devem ser mero instrumento do povo para que suas aspirações sejam atendidas. Mas governos déspotas, usurpam de suas funções burocráticas e partem para ameaçar quem na verdade lhes dá legitimidade.

Não é de hoje que a ameaça de ruptura democrática vem sendo posta na mesa como alternativa de condução do país. É há que se perguntar? Quem deu ordem a um governo meramente eleito por um curto período de tempo, a se arrogar em tutor e usar um discurso de ameaça contrário à vontade popular, sabe-se lá por quanto tempo?

Quando se ouvem vozes oriundas das casernas usando palavras de ameaça, pergunto-me: afinal, quem eles pensam que são? As forças armadas são mero instrumento do povo para a defesa do solo pátrio, apenas isso, e nada além disso. Não possuem circunscrição constitucional para obrigar o povo à um regime de força ou de cerceamento da liberdade coletiva ou individual. Muito menos um presidente, ou seu vice, que usaram do sistema democrático de escolha, podem sequer supor que o povo lhes deu a prerrogativa de tirar-lhe a liberdade política, de expressão ou de uma nova escolha daqui há três anos.

Inimigos do povo, postam-se como usurpadores de um mero poder, e tentam perpetuar-se como fiadores do que já foi salvo, por escolha. Por isso a tirania e a usurpação são inimigos viscerais da raça humana. Subvertem a verdade em soletradas falsidades. Usam de instrumentos de contrários para suceder-se a si por razões. A Liberdade é um direito inalienável, senhores. O Brasil quer um governo livre, livre pensamento, livre consciência, livre expressão.

Os votos com que foram aquinhoados não permite que suas ações, justificadas ou não, sejam razões para que se perpetuem no poder, ou mitiguem um futuro em que possamos escolher novamente, uns ou outros, à nossa bel consciência. As doutrinas militares, vulgarmente usadas para ameaçar ou imprimir anseios em idênticos déspotas, não são de bom tom, usadas seja contra quem for, para um povo que deseja e merece ser livre, porque assim o escolheu.

Não interessa se outras instituições, próximas ou não dos anseios do povo, como o Judiciário ou o Legislativo, postam-se de forma equivocada ou que ensejam ainda mais os desvios de conduta a que estamos acostumados, como a corrupção e a mentira política. O simbolismo de uma fala, extirpada dos compêndios da guerra, mas em tempos de paz, só se justifica como meretriz de um caráter viciado e egocêntrico.

O conhecimento e a ciência jamais poderão ser escravas das religiões ou filosofias advindas de doutrinas que derramam o sangue da liberdade do povo. A sabedoria de suas ações poderá sim trazer Liberdade, Igualdade e Fraternidade, mas a ignorância é hereditária e anárquica, não nos serve de parâmetro. Não mais. Saibam os senhores Messias e Mourão, que ameaças não frutificam em meios diletos de sabedoria e patriotismo. Não cabe a vós, atuais presidente e vice, o destino do país por mais do que a validade de sua eleição. Apenas isso.

Imagem1

Façam-nos um favor, deixem livre o caminho do Brasil. O povo saberá conduzi-lo ao seu berço esplêndido. Não se atrevam, nem pensem.

Caudilhos do AI-5 e a Liberdade

AI-5

Está cada vez mais difícil frequentar redes sociais, repletas de ódio, insensatez e falta de frequência escolar, principalmente de leitura e português gramatical. Mas fiquemos somente na política, nossa grande mazela dos últimos 520 anos. Repleta de caudilhos, tiranetes e cornos revoltados para isso basta conhecer a malfadada proclamação de nossa república. E em todas essas ocasiões, mostraram-se presentes as forças armadas, com altas ou baixas patentes, mas invariavelmente em todas as situações em que vimos a liberdade esmorecer entre nós, lá estavam eles, como um panteão de soluções fáceis, mas sempre equivocadas. E sem entrar no mérito litteris questionável dos vários e rasteiros golpes dados em nossa liberdade democrática, revelo o primeiro e talvez mais pútrido de nossa história.

Golpe contra nosso Rei D.Pedro II

O golpe contra a monarquia brasileira e contra nosso Rei Dom Pedro II, foi realizado por uns poucos militares canalhas, que como sempre foram seguidos e apoiados por corruptos odientos. Deodoro foi tão somente um joguete, porque além de abilolado era um destacado corno manso nas mãos dos impostores da liberdade e de um futuro mais conhecido para o nosso país e nosso povo. A monarquia sempre foi a melhor opção de sistema de governo para o Brasil, por conta de nossas características como sociedade. E se essa tivesse mais tarde sido aliada do parlamentarismo, teríamos o regime político institucional perfeito para que todos aqui soubessem de suas responsabilidades para com o país e seus compatriotas. A tal república prometeu-nos tempos futuros repletos de fartura, igualdade, participação e liberdade. E ainda hoje alguns insanos ainda procuram tudo isso na república que maldita e mentirosamente os militares nos impuseram.

O Golpe do covarde Getúlio Vargas

Outro instrumento da mentira e do ódio pela liberdade democrática, o anão covarde Getúlio Vargas, fez tanto mal ao país que dá até engulhos usar as avenidas que possuem o seu nome. Herói da Esquerda nacional, usou tenentes para usurpar o poder civil de liberdade, já que os generais, como sempre, preocupavam-se mais em garantir soldos bem polpudos e mesas com espaço suficiente para escondê-los da guerra que se avizinhava. (E para quem não sabe, os corajosos Pracinhas da FEB, na verdade em maioria não eram soldados, mas civis dispostos a lutar no lugar dos militares covardes de sempre). Bem, Getúlio, o grande ditador enrustido, usou seu poder para esmagar a liberdade que havia me nosso país, destituindo um presidente eleito democraticamente e assumindo uma postura de puro caudilhismo do baixo clero militar. Flertou com o Hitler e seu bárbaro nazismo, mas recuou de suas intenções diante da pressão americana. Apenas isso. Usou sanguinariamente a Revolução Paulistas de 1932 para massacrar centenas de milhares civis paulistas que lutavam por liberdade e democracia no Brasil, sob o olhar covarde e complacente de todos os outros estados da federação. Fechou o Parlamento e fez tudo o que foi necessário, à revelia da lei, para manter-se no poder. Suicidou-se com um tiro na cabeça, morrendo como um covarde que sempre foi.

É possível enxergar que o apoio das forças armadas é sempre dado para o pior lado. Os militares não foram feitos para pensar, mas para guerrear, por isso sua visão de liberdade e democracia são míopes. E isso fica muito claro na história dos países, ostentem eles regimes que contemplam ideologias de Esquerda ou Direita. Militares não foram feitos para assumir decisões políticas, mas estratégias de luta. Sua vida é destinada a defender a pátria dos inimigos, não fazer gestão pública. E quando vejo alguns brasileiros sem qualquer ideia do que significa um regime ditatorial comandado ou tutelado por militares, falar em AI-5, fechamento do Congresso e da Suprema Corte, penso que na verdade todos esses são filhos diletos da covardia e da irresponsabilidade. Alguns iletrados acham que os militares são capazes de nos proteger dos perigos que a democracia causa. Mas somente a democracia detém a possiblidade de nos livrar de tiranos, corruptos, déspotas e caudilhos. Esses cidadãos, se que os podemos nomear dessa forma, são caudilhos da força e da incapacidade de resolver seus próprios problemas. Não se responder pelos erros de todos, e acham que alguns meros uniformes verde-oliva solucionam qualquer questão nacional.

Ao ver um presidente raivoso, que replica impropérios e insanidades, que flerta com a possibilidade de um regime de força, e com torturadores, tirando-nos a virtude de ser livres e escolher nosso destino, temo que nossa sociedade esteja doente, afásica de suas faculdades pessoais e, principalmente, patrióticas. O Brasil sempre esperou um salvador da pátria, por isso não elegemos presidentes, mas semideuses, e até mitos. Sinto a indignação ferver meus brios quando ouço esse mesmo responder “e dai?”, ao saber da morte de milhares de conterrâneos abatidos por esta maldita pandemia. Não quero entrar no mérito de quarentena ou economia, mas a horda de insanos que propaga essas ideias nefastas pelas redes sociais é enorme. E chega mesmo a dar medo, não desses, mas de seu horizonte limítrofe entre patriótico e prisão.

Por que há tanto ódio nas redes sociais? Especialistas opinam

Quando vejo mulheres e homens, de maneira ensandecida, querer fechar o que nos garante o Estado Democrático de Direito, escudo primordial contra a selvageria do Estado e suas instituições, e querer entrega-las sem titubear a militares que possuem muito pouca consciência social civil e que despretensiosamente esnobam esse mesmo controle civil, perco o fôlego. Faço questão de nada falar sobre o regime militar de 1964 e não, não tive nenhum parente envolvido com o dito “terrorismo democrático”. Apenas soube que um jovem, amigo de um de meus primos, que acreditava e queria num país livre e democrático, teve todas as suas unhas arrancadas a frio numa sessão de tortura. E eu pergunto, sem entrar no mérito de quem defendia o quê: é para isso que vivemos no Brasil? É para isso que queremos nos tornar grandes, fartos e felizes? Regimes de força sempre serão acéfalos de razão. E gente que defende a força como razão, nunca terá razão.

A vontade abandonar determinados discussões é grande, mas creio que tenho o dever de defender meu país contra esses maus brasileiros, que perseguem seus patrícios com ameaças de um gênero bastante conhecido: a estupidez humana. E poucos conseguem enxergar a corrupção em volta de tudo isso, as mentiras, os ufanismos sem propósito, as ofensas à um povo que ama a liberdade e a democracia, que é alegre, que quer paz e não a guerra. Insensatos, acham que iremos tolerar um presidente caudilho da força e príncipe dos impropérios, solapar nossa liberdade e que ficaremos quietos, cordeiramente passivos diante de mais uma ditadura? Ledo engano, hienas do apocalipse nacional, jamais. Uma eleição não significa que depomos as armas da luta por legalidade, legitimidade e coerência democrática. Não insinuem tal prática, porque o poder pertence ao povo, não aos militares, e esses devem obediência ao povo, não a presidentes. Chega de desvios, caminhos errados, chega de mentiras. E se o Brasil um dia foi terra de caudilhos, hoje não mais será.

Brasil, Estado e Poder

SM

Após um começo de dia daqueles em que o melhor é esquecer, soube pelo noticiário que o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, havia pedido demissão, e que faria uma coletiva em seguida. Juro que, depois de quase um ano e meio de crises sucessivas deste governo, não estava no clima para enfrentar mais acusações, defesas ou desculpas. Abdiquei. Passaram-se as horas em que o pensamento via-se voltado para uma quarentena que não cessa e problemas que se avolumam. E em mais uma checagem no noticiário vi estarrecido as declarações do agora ex-ministro Moro, que iam de interferência ilegal do Presidente em órgãos de Estado a pedidos de acesso a relatórios sigilosos da PF. Estanquei no ato as mazelas pessoais e procurei saber o que era tudo aquilo.

Não posso crer que a interferência inspiradora de um pseudo filósofo brasileiro radicado nos EUA pudesse levar o governo a cambalear entre uma extremada insanidade de direita e um desafortunado e atabalhoado modelo de recuperação nacional. Não é possível que esse modelo inspirado pudesse influir no comando do país, a ponto de invadir o limite do legal, das prerrogativas máximas do Estado brasileiro. Limites esses que nos definem como um país regido pela seriedade, e nos leva a ser um regime sem lei ou medida. No Brasil, o excesso do que chamamos de cargos em comissão é de tal grandeza que chega a dar medo, são centenas e milhares de postos na administração federal, estadual e municipal que, em tese, deveriam defender os interesses do Estado brasileiro, mas que na verdade defendem as razões de quem está no poder e os colocou lá, por interesses os mais variados.

Uma burocracia estabilizada é sinal de ordem e controle, e o que diferente disto gera desordem e corrupção. Moro acusou o Presidente de querer trocar o superintendente da Polícia Federal e nomear alguém mais alinhado com ele. Tudo bem, essa é uma de suas prerrogativas. Mas quando é revelada a sua intenção de com isso ter acesso a relatórios reservados sobre investigações em curso, aí a coisa muda de figura, porque é uma total ilegalidade. A PF é um órgão de Estado, não de governo, o Presidente em hipótese alguma pode ter esse tipo de acesso, o que nos leva a crer que esse extremismo tivesse chegado no limite do legal e do permissível.

Vale aqui mencionar que pelo menos dois dos filhos do Presidente estão envolvidos em ações nada republicanas, o que talvez o tivesse levado na direção de intervir no legal para protegê-los. Mas o Estado não é lugar de negócios de família, como disse Moro em uma de suas falas. Lembrei que o ex-presidente FHC também penetrou nessa área de negócios familiares com seu filho, mas como aquele era da iniciativa privada, pouco se falou disso. Mas Lula, também via seus rebentos, fazerem negócios das arábias. Mas o Presidente foi além, tentou emplacar embaixada e outros veios, só que dentro do Estado, o que gera, naturalmente, uma desconfiança enfática e natural.

Cria, sem reservas que, apesar da falta de verve e cultura de gestão, este Presidente pudesse conduzir o país numa direção um pouco mais séria e pacificadora. O que não vem ocorrendo, ao contrário, os embates são constantes, o que já levanta a tese de que talvez essa não fosse a estratégia correta, bem como a de relação com um Congresso acostumado às benesses partilhadas, vide cargos, verbas e poder. Essa insistência leva o governo a becos sem saída e a comprometer muitas de suas iniciativas e de seus ministros. E Moro foi um dos mais prejudicados nisso. Acostumado a construir sentenças e julgamentos de envolvidos contra o Estado brasileiro, viu-se tendo que negociar interesses políticos de governo e Estado com muitos dos agentes que reconhecia de delações e sentenças judiciais por corrupção, formação de quadrilha e diversos atos criminais. E, claro, muitos de seus projetos foram arquivados, principalmente os que tinham a ver com um maior controle do Estado sobre as ações de seus agentes, e os que ampliavam ou eram inclusos como preço legal a ser pago por aqueles que agissem de forma ilegal.

Diante de um Congresso explicitamente contrário a qualquer atitude do ministro Moro, o governo não se colocou como o maior interessado, deixando que ele viesse a pagar o preço por sua ousadia ministerial e pessoal. Estava só, literalmente, agora sem o poder da justiça em suas mãos. O Presidente ainda avaliava como agir diante de tanta oposição política, parlamentar e social ao seu governo. Aliavam-se ao leque dos problemas de governo, pequenos escândalos familiares, os constantes arroubos pessoais e o confronto irascível com a imprensa e instituições de Estado e poder. E foram vários os instantes de puro destempero, a ponto de conseguir chegar a marca de substituir oito ministros em pouco mais de um ano de poder. Ministros que sequer deveriam ter sido postos lá, por absoluta incompatibilidade com o cargo.

Outro ponto de embate do governo com a sociedade vem sendo a opção por ideologias religiosas e que se confrontam boa parte da sociedade, que se viu obrigada a comungar das crenças que o Presidente acha corretas e absolutas. A ponto de se alinhar e nomear representantes de denominações religiosas radicais, e quase sempre autoritárias, em sua forma de gestão e razão. Tudo isso construiu um processo de desgaste pessoal e governamental que culminou no enfrentamento da pandemia mundial de Covid-19, onde o Presidente tem se comportado como um indisciplinado expectador dos problemas decorrentes, como mortes, formas de tratamento e métodos de combate social à pandemia. Seu isolamento quase absoluto na prática da ação contra a pandemia tomou um contorno de confronto com o Parlamento, a Justiça, outras esferas de poder e a própria população.

Acostumado a exigir unanimidade de seus ministros, o Presidente viu-se diante de vozes discordantes e métodos diferentes que ele acreditava serem os mais certos, dentro e fora do governo, dentro e fora do Brasil. E para um feitio absolutista, sua característica mais exposta, a prática do poder foi ficando cada vez mais difícil e com uma visão de futuro cada vez mais incerta. Os constantes panelaços indicavam que sua atuação estava totalmente em desacordo com o que a maioria da população acreditava ser o melhor para todos. Mas a resistência de sua militância é forte nas mídias sociais, e ostentam de forma disciplinada o apoio de que ele precisa para poder seguir confrontando suas razões sobre os métodos mais adequados de convívio político com o país.

Causou pouca surpresa ao substituir o ministro da saúde em pleno embate à pandemia, mesmo sendo obrigado pelo STF a compor com normas estaduais e municipais que exigiam a quarentena da população para mitigar efeitos dramáticos de algo que afetava ao país como um todo. Aos poucos as instituições de poder foram exaurindo sua paciência com aquele que deveria liderar-nos numa cruzada nacional contra a morte, e um processo de impeachment passa a ser plausível para boa parte da sociedade e, principalmente do parlamento nacional. Acuado em sua solitária razão, o Presidente começa a negociar com o extrato do que há de pior no Congresso, o Centrão, um aglomerado de partidos fisiológicos, acostumados à corrupção como moeda de troca de interesses. Parte desses líderes de partidos envolvidos com processos de corrupção nos governos FHC, Lula, Dilma e Temer, veem no Presidente alguém a ser estripado no poder.

Partidos como PP, PL, PSD, MDB, Solidariedade e o já manjado Republicanos, acordam com o Presidente uma pretensa salvação do processo de impedimento em troca de cargos, recursos, espaço político e poder, a conhecida corrupção. E dentro do leque de exigências estava a troca inequívoca do atual superintendente da PF por alguém mais alinhado com eles. Já que Moro havia trazido esse delegado da equipe da Lava Jato, ou seja com a prática de caçar ratazanas, que o ministro Moro já conhecia de Curitiba, da operação que comandou contra esses mesmos pilantras e de empresas com grande influência e próximas ao poder central. Diante de tal aventura indigna, que contrariava a própria plataforma pela qual o Presidente havia sido eleito, o ministro Moro colocou-se frontalmente contra, pois sabia o que viria depois disso. E depois da insistência em mudar alguns cargos na PF sem a concordância do ministro responsável, que envolviam inclusive cargos em estados do interesse do Presidente, que de alguma forma beneficiariam a situação de seus filhos, Moro pediu demissão, mesmo tendo tido a promessa do Presidente de ser dele a competência para tal. Configurou-se aí a deslealdade, a quebra de promessa por motivos nefastos.

Para alguém que havia abdicado de sua função de juiz federal para colaborar com o governo, esse era um ponto de relevo significativo. Moro resolveu que diante da possibilidade do governo voltar a lotear cargos e posições com partidos corruptos, o melhor seria sair e pôr à mostra os desvios de conduta republicana que o Presidente havia tomado como legais e corriqueiros, afrontando a democracia e as instituições do estado de direito. Ouvi sua coletiva e me mantive pasmo diante da fala do agora demissionário ministro. Em tempo algum acusei ser um “bolsonarista”, mesmo sabendo que sua eleição valia a retirada do poder o Partido dos Trabalhadores, o partido que mais havia se imiscuído na corrupção do Estado, aparelhando sua administração e tentando implantar uma ideologia de Estado social absolutista.

Mas como se não bastasse, assisti em seguida, boquiaberto, um Presidente da República se vitimando de forma dantesca diante das acusações do ex-ministro da justiça do país. O Brasil elegeu Bolsonaro para presidente da república, contra todos os prognósticos de bom senso de que seria a pessoa indicada para nos tirar de um profundo buraco político, moral, social e econômico, após sucessivos governos com tendência socialista, como os de FHC, Lula e Dilma e o talvez o mais absurdo de todos, onde Temer conseguiu juntar num mesmo espaço de governo as mais abjetas pessoas do país. Os arroubos históricos do deputado Bolsonaro lhe renderam processos, problemas, mas sem dúvida cativara inúmeros eleitores extremistas e igualmente insanos, quanto à Esquerda, a corrupção e a relação com o espectro político mais ao centro.

De forma ativa, e de pronto, participei nas redes sociais de embates insanos contra os que denegriam a imagem de Sérgio Moro, um brasileiro que se havia posto em confronto com o crime organizado estabelecido dentro do Estado brasileiro. Percebi de imediato que essa era a tônica do Presidente e seus apoiadores até agora, denegrir e demitir e vice-versa. Sempre critiquei FHC por sua péssima mania de falar mal de todo mundo, mas enquanto isso é feito em fóruns pessoais, tudo bem, mas quando isso é vertido para o público torna-se uma atitude rasteira, caracterizada pela falta de caráter e decência. E quando isso advém de quem defende princípios religiosos e familiares isso é passível de ser chamado de canalhice, atitude incompatível com um presidente da república. Vi inúmeras mensagens em minha timeline acusando Moro, me acusando, de compactuar com alguém que havia ferido a honra do Presidente. Mostrei argumentos, escrevi razões e fatos que iam sendo ignorados um a um pela plêiade de insanidade, que se postou a defenestrar um dos únicos brasileiros com coragem para enfrentar a corrupção nacional de sua pequena sala em Curitiba. Bolsonaro em seus vários mandatos nada fez para isso. Não se corromper não significa lutar contra, e isso não é apenas semântica, mas a verdade pura.

Repito, nunca fui “bolsonarista”, apesar de ter votado nele. Não creio em mitos, santos ou salvadores. Sou brasileiro, fiel aos princípios da moralidade pública, da honestidade de princípios, vertente que o Presidente abdicou para ter o podre Centrão, recheado de vigaristas, como aliado, para não perder a chance de continuar no poder, e seguir quiçá até 2026. Quem afinal só está pensando em si? Um presidente honesto e corajoso encararia a corrupção de frente e enfrentaria sim um processo de impedimento político, e teria de certo o povo e as forças institucionais ao seu lado, contra um sistema parlamentar corrupto. Mas optou pelo mais fácil, se aliar aos piores corruptos do Congresso mostra que o Presidente Bolsonaro pensa só nele e em seus filhos, jamais no Brasil. Seu discurso repleto de intempéries e arroubos desaforados mostra que ele não está preparado para o poder, não o poder de que o Brasil precisa agora, unificador, construtor, institucional e democrático. Não importa se de Direta ou Esquerda, precisamos de gente com galões de caráter, hombridade e honestidade.

Ao acusar Moro de quere trocar uma provável vaga no STF por sua dignidade Bolsonaro junta-se à uma corja idêntica ao petismo, apenas com prática final diferente, mas de igual teor. Sempre defendi que “bolsonaristas” e “petistas” possuíam o mesmo DNA, de um extremismo canibal que deveria ser combatido com todas as armas pela sociedade brasileira. O fato da escolha pela corrupção igualou Bolsonaro com o que há de pior no Brasil, o que não gera surpresa para muitos, já que a “mitologia” nacional é repleta de déspotas, ladrões, mentirosos e apátridas. Não acredito que o Presidente irá escapar de um processo de impedimento, já que sua nova base de apoio diz que não carrega caixões, ao que ele parece desconhecer. Generais das FFAA ficaram terrivelmente contrariados com a demissão de Sérgio Moro, pela significância simbólica que ele trazia para o governo atual, de conduta e prática contra a corrupção, até porque sua postura e formação difere em muito da capitania exercida pelo Presidente, sem querer ofender.

E mais uma vez o Brasil se vê diante das incertezas do futuro, mais uma vez atado ao sistema corrupto que nos escraviza, e certos de que quem está à frente do governo não possui condições mínimas de condução dos problemas do país que com certeza serão exponencialmente agravados com a próxima crise econômica, fiscal, moral e política. Aos que ainda acham que Deus é brasileiro, reputo minha discordância. O fato de você usar um slogan que o menciona não significa que sua conduta lhe faz ser um seguidor fiel e disciplinado, muito menos os nanicos que têm cercado sua Excelência ultimamente. O poder muda o caráter e os homens, o poder absoluto mais que isso, modifica a alma, a gênese da criatura e de todos os que creem nele. Triste Brasil, ainda não foi desta vez.

lixo7

Homo Comunista X Homo Inteligente

O Túmulo de Lênin

Razoar com petista é bem complicado porque suas razões enxergam apenas o possível, o limitado. O ético é esquecido ou devidamente manipulado. Advindos de uma teoria que usa meios e subterfúgios históricos, que tenta lidar com algo que na verdade pouco se lhes importa, como a liberdade e a essência humana, e fato, sempre tentam buscar razões em teorias que os próprios elegeram como perfeitas. Não há como discutir com quem prega uma ideologia de morte, historicamente por volta de uns 150 milhões delas, pelo simples fato da discordância. Confundem toscamente uns e outros mostrando-lhes uma esperança que jamais será real, uma igualdade que nunca será alcançada, exatamente porque é essa que nos trouxe até aqui. Mas esse comportamento político, que se assombra com o consumo do poder mais, diferenças humanas, opiniões mais verdadeiras, isso é a morte explícita para os que defendem a pasmaceira e melancólica da régua da igualdade. Tófolli fala de instituições, mas estas são mera ferramenta da vontade do povo, não seu tutor, como querem os vanguardistas das teorias marxistas, leninistas, gramscistas e mesmo a mais moderna, a da Libertação. Nossas diferenças não estão na teoria, mas evidenciam-se na prática, quando a supressão da liberdade é a tônica dos que a imperam e tem-na como superior qualquer outra. Não há como não discordar dos que impuseram sua supremacia pela tortura, pelo banimento do oposto, pela junção dos impróprios, em despeito à vida. Não posso crer que ainda nos espelhamos, por exemplo, num Velho Testamento para balizar comportamentos atuais, já que mais de dois mil anos nos separam em realidade. Da mesma forma como uma mentira cética de uns sendo posta como salvação de todos, já que o contexto social, histórico e o futuro sejam totalmente diferentes. Isso me inspira a lembrar dos Homo Sapiens e dos Neandertais, apenas que hoje a teoria de evolução se reveste da inversão de domínio, ou seja, de que a seguindo, como querem outros, o nosso destino estará selado com o fim de todos. A evolução do homem só foi conseguida porque as discrepâncias humanas foram um impulsionador da humanidade. Discutir teorias provadas e historicamente falidas, de vertente sociológicas ou filosóficas ultrapassadas, é como afirmar que temos uma única saída e que quaisquer outras devem ser banidas. Os que não evoluem não podem ser exemplo, unicamente porque são restritos e limitados. A insensata disposição de manter-nos no passado sacrifica nosso presente ao limo da evolução. Prefiro dispensar teorias ultrapassadas e evoluir para as novas, aquelas que olham o humano com diferença, mas com o pressuposto de que as oportunidades possam ser encontradas por quem as procura, não por quem acha que pode decidir por nós. Desconfio de tudo o que implica igualdade, padronização, mesmice, previsibilidade. Opto pelos que anseiam o desconhecido, a aventura da conquista, a vitória em todas as batalhas, inclusive as que se perdem. Não aceito mentiras de um mundo fantasioso e inexistente, prefiro ter um mundo repleto de intempéries, mas que propicie a esperança. Desprezo os que me querem idêntico, difiro da igualdade dos demais, porque só assim poderei ser único na régia vida que dispomos, essa, um grande exemplo de desigualdade que, essa sim, nos impulsiona para um mundo melhor.

NOM, ONU, OMS…

mk-ultra

Para você que acha que a Nova Ordem Mundial é apenas uma história sem pé nem cabeça, façamos uma rápida retrospectiva em três momentos históricos numa tentativa sem muita profundidade de enxergar nosso mundo. Fiquemos com o ano de 1917, na Rússia, quando a pretexto de sair de uma situação de pobreza e abandono, alguns militares se dispuseram a enfrentar o Czar russo e tomar o poder, usando para isso uma teoria de igualdade e liberdade chamada COMUNISMO. Essa aspiração logo tomou de assalto várias repúblicas em seu entorno, obrigando seus cidadãos a serem ESCRAVOS de uma pretensa LIBERDADE. Mas porque era necessário juntar cercanias? Porque elas possuíam algo que a então Rússia era desprovida para sobreviver por seus próprios meios, minérios e outros meios de produção. E em meio à implantação desse novo contexto ideológico foi criada a URSS. Aos ideólogos desse revolucionário modo de governar são contabilizados milhões de mortos, opositores ao regime. Pois bem, a ideia era que a então criada Pátria Grande pudesse ser uma ilha de prosperidade e motivo de domínio massivo ideológico a todos os que ansiavam por LIBERDADE. Mas não foi isso que ocorreu. Com o advento da Segunda Guerra Mundial novos insanos por domínio, desta vez os Nazistas, se propuseram a invadir não só os vizinhos, mas a recém criada URSS, um novo celeiro para seus planos de dominação mundial. E empobrecida pelo alto custo de uma caótica ditadura, a então URSS foi obrigada a pedir mantimentos e armas dos EUA para poder fazer frente a ambição nazista de domínio da região e do seu povo, já fragilizado pelo controle de uma Nova Ordem Mundial que se pretendia.

1ClubContacto485x411

Ao fim desse episódio, ao que parece, a NOM traçou novos planos de dominação e mudando seu foco, dividiu o mundo em dois grandes blocos, colocando-nos na famosa Guerra Fria. Da miséria comunista para um mundo de repletas oportunidades, que era a Europa do pós-guerra, o espólio foi dividido. Países da Europa foram divididos entre comunistas e capitalistas, ambos partidários da NOM, como se as raízes desses de nada valessem. E à esta nova estratégia de dominação mundial posta em prática deu-se o nome de União Europeia, uma nova proposição de cerceamento de liberdade, sim, com a desculpa de que não houvesse mais guerras por lá. Essa implementação exigia a quebras das fronteiras e a UNIFICAÇÃO dos países membros para que todos pudessem ser regidos por um só governo, ou parlamento. Para isso era necessário implementar ações mais ousadas, como a união econômica, financeira e social. A construção desse bloco gerou cobiça em muitos outros atores, que sempre ansiaram pela NOM, daí foram formados alguns blocos econômicos para dar estofo a ações mais diretas ao controle mundial. Ásia, América do Sul, Oceania, Alca, todos em busca de poder e controle. Com o pretenso sucesso de seu novo empreendimento, a URSS foi deixada ruir em seus princípios primeiros e entrava em cena a China, um país miserável, mas com um contingente de habitantes dominados pelo mesmo COMUNISMO inspirador da velha URSS.

Até então apartada do mundo, a China criou em muitos a cobiça de um mercado que pudesse consumir tudo o que pudesse ser fabricado, e era, sem dúvida, uma influência positiva para o controle mundial. Mas foi mesmo a mão de obra barata, ou escrava, que se deixou salientar para os membros do Clube de Bilderberg, que desde 1954 junta a nata da indústria, finanças, comunicação e educação do mundo para decidir os rumos da humanidade, que olhou para a China como uma saída viável e factível para a NOM. Retornando à Europa, os problemas começaram a aparecer quando a tal aclamada IGUALDADE entre os países não era verificada, ao contrário, a tendência de distorções econômicas, onde os mais ricos se tornaram mais ricos, ficava cada vez mais visível, e seus estados-membros viam-se obrigados a ter suas legislações suplantadas por uma legislação globalista europeia. Temendo enfraquecer suas aspirações, a NOM colocou em prática o que chamamos de GLOBALISMO, que na prática era o mesmo que pretendiam com a URSS e Europa, mas agora num ousado contexto mundial, tentando impingir aos habitantes do planeta que o mundo poderia ser seu, qualquer lugar, a qualquer hora. Para tanto foram implementadas políticas de comunicação, educação e economia que alcançava, ou ao menos pretendia, a todos.

55791df3c46188e56c8b45ca

E foi no sonho de um mundo globalizado, em que todos pudessem viver LIVRES, independente de fronteiras ou outras barreiras, que a China começa a tomar conta do espectro econômico de baixo custo, fazendo com que todos possuíssem o que sempre sonharam a um preço muito baixo. Isso forçou países a mudarem seus vetores de produção e consumo para a China que, em breve tempo, de um miserável país-continente, que comia tudo o que se mexia por falta de alimento, fez tornar-se um player internacional às custas de um sonho de consumo global, principalmente ocidental, deixando para trás um mundo desprovido de meios de controle de produção, lucro e consumo. A China invadiu o mundo com suas tranqueiras baratas que abarrotou todos os consumidores para saciados de sonhos de consumo e posse. Esse novo vetor da NOM trouxe alguns dos dissabores mais terríveis que poderíamos conhecer, como desindustrialização dos países, fluxo desordenado de capitais, esvaziamento de centros produtores, falência da pesquisa, migração de riquezas, domínio de eixos geopolíticos, conflitos regionais, pestes e pandemias. Até mesmo alguns ex-presidentes brasileiros, naturalmente comunistas, sonharam com uma pátria grande aqui, em nossas plagas sul-americanas, tomando ações inclusive no sentido de unificar mercados, exércitos, países e política. Mas foi apenas nos tempos de hoje que experimentamos um pouco do que vem a ser a NOM em nossos países. Com a pandemia do Covid-19, um vírus advindo não se sabe se da natureza ou de algum laboratório chinês, nos obriga a ficar em casa, sem produção, pouco consumo, nas mãos de Estados perdidos em suas necessidades e repletos de obrigações. Experimentamos um pouco do que será a Nova Ordem Mundial com governantes mandando você ficar em casa, fechando negócios, implantando toques de recolher, comida limitada, liberdade limitada, medo da imprensa, sem visita a família, sem opinião que não seja a deles, sem poder frequentar praias, locais, sem LIBERDADE. E de acordo com o que se vê na Europa, a NOM tem logrado êxito em suas aspirações de domínio mundial, já que milhões abandonaram seus empregos, empresas, por temer ser contaminados por esse vírus que pode, segundo os meios GLOBAIS de COMUNICAÇÃO, levar à morte muitos de nós. Sim, alguns líderes têm-se posicionado contra essa situação e tentam, cada vez mais em vão, lutar contra o domínio das forças de unificação mundial.

NWO_Logo

Há pouco li uma matéria no jornal El País, da Espanha, sobre a oportunidade de termos agora uma CONSTITUIÇÃO GLOBAL, ou seja, uma legislação SUPREMA, que esteja acima da dos países e suas leis. O próprio Papa Francisco, da Igreja Católica, já havia se manifestado há algum tempo atrás sobre a necessidade de uma nova ordem mundial ECONÔMICA. Organismos mundiais se fecham cada vez mais para a tomada de decisões multilaterais, deixando de lado, como meros expectadores, quase a totalidade do mundo. Sim, caminhamos a passos largos para um CONTROLE MUNDIAL ÚNICO, e muitos desses países, como a China, já implementam o controle de suas populações através de mecanismos de identificação e serviços. Alguém lembra dos CHIP DE IDENTIFICAÇÃO? Então, esse talvez será o meio de preparação para o que há de vir, a tão fantasiosa NOVA ORDEM MUNDIAL. A China começa a dominar tudo o que pode, comprando tudo o que significa subsistir: energia, comida, terras, pessoas, países. Para isso as instituições vêm sendo enfraquecidas, e a primeira delas é exatamente a que representa todos os países do mundo, a ONU, que possui hoje uma clara linha de soluções e resoluções massificadas para essa nova realidade que se avizinha. E tantas outras. Creio que ao estar em casa hoje, impossibilitados de sair por medo do invisível, fizesse com que cada um de nós pudesse pensar a respeito disso, mas claro que todos estamos mais preocupados em prover os nossos de meios de sobreviver a tudo isso, por isso resolvi tentar ser uma voz do que penso estarmos vivendo.

death-note-nova-ordem-mundial-by-ddjvigo1-38d53be6040b3d6ea914930691707574-640-0

Estamos no caminho de perder nossa LIBERDADE, de não mais poder ver o mundo como o conhecíamos, e de ver uma geração inocente achar que o GLOBALISMO pode ser nossa melhor saída hoje para o futuro. Muitos sequer conhecerão a liberdade, mas terão dinheiro, como muitos chineses, serão tutorados por um governo COMUNISTA, ou GLOBALISTA, não terão direito à RELIGIÃO, a se associarem em FRATERNIDADES ou mesmo liberdade para poder ir e vir. Mas o que interessa são governos que nos provenham de tudo o que precisamos para sobreviver e continuar produzindo, e vivendo ESCRAVOS da NOVA ORDEM MUNDIAL. Sejam bem vindos ao um NOVO MUNDO, sem guerras, pestes ou preocupações, sejam bem vindos a um mundo sem fronteiras que nos APRISIONA a todos, mas mantenham a fé naqueles que nos governam. E sejamos eternamente gratos por tudo o que nos fazem de bom. Obrigado, obrigado, obrigado.